Depois de anos aguardando por uma estrutura esportiva no bairro, comunidade do Parigot III chega por volta das seis da manhã e só deixa o local no final da noite
Texto e fotos - PAULO MONTEIRO (matéria publicada originalmente pelo jornal Folha Norte: jornalfolhanorte.com.br)
O Complexo Esportivo do conjunto Parigot de Souza III (Zona Norte) está tirando os moradores de casa. Crianças, jovens, adultos e idosos dividem a quadra reformada, a mesa de pingue-pongue e a 20ª academia ao ar livre da cidade, além da conservação do local.
“O pessoal chega por volta das seis da manhã e à meia-noite ainda tem gente fazendo exercícios”, conta Lucimara Navarro, orgulha-se Lucimara Navarro, uma das representantes da comunidade. “Faz muitos anos que estamos há muito tempo reivindicando uma estrutura como essa no Parigot. Nos últimos oito meses, fomos várias vezes a prefeitura cobrar a reforma da quadra esportiva”, recorda. “Hoje temos até iluminação.”
Na reforma, entregue no início deste ano, foi construída também uma mesa de pingue-pongue e os frequentadores têm à disposição bolinhas e raquetes, além de duas bolas de futsal para a
quadra.
O estudante Luiz Gabriel de Oliveira Fabrício, 16 anos, compara o passado ao presente, “antes era só mato, chegava a ser perigoso e tínhamos lazer. A quadra não tinha nada, a gente usava os nossos chinelos para marcar a trave. Hoje temos um lugar para jogar bola até de noite”.
Dona Celina dos Santos, 76 anos, deixou a novela e os afazeres de casa de lado e também foi para a rua aproveitar o espaço, com a esperança de diminuir as dores nas pernas. “Achei boa essa novidade, sofro muito com dores nas pernas. Com esses aparelhos e exercícios posso melhorar. Por isso venho de dia e à noite.”
Vandalismo preocupa os moradores
Uma dos maiores receios dos frequantadores do complexo esportivo é o risco de vandalismo. “Tomara a Deus que as pessoas conservem tudo isso, moro aqui pertinho e sempre que tiver um tempinho estarei vigiando”, diz dona Celina.
Cristina Alzira Mazetto, 50 anos, concorda e defende que todos devem fazer a sua parte. “Precisamos de fiscalizar para que não destruam esse lugar. Cobramos do poder público essa construção, agora o povo tem que fazer a sua parte e cuidar. Vejo as academias ao ar livre em outras regiões da cidade e percebo que elas já sofrem com a falta de cuidado”, relata Cristina.
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